Prêmio Vladimir Herzog aconteceu nesta segunda (26) e da sequência ao marco dos 50 anos do assassinato do jornalista

Na noite desta segunda-feira (27), o teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), foi palco do marco dos 50 anos do assassinato do jornalista Vladimir Herzog, com a 47º edição do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. O tradicional evento reconhece, há 47, trabalhos jornalísticos que valorizam a democracia, os direitos humanos e a justiça social. 

Durante a premiação, foi transmitido a gravação do pedido de perdão da presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha, aos torturados, desaparecidos e mortos pelo regime militar.

“O nome do meu pai tornou-se sinônimo de resistência e esse prêmio que carrega e embala a sua memória é um tributo vivo a todos que não se calam, muitas vezes sacrificando suas próprias vidas”, disse o filho de Vladimir, Ivo Herzog. 

No sábado (25), dando início ao marco dos 50 anos da morte de Vladimir, houve a cerimônia inter-religiosa de 1975 na Catedral da Sé, no centro da cidade de São Paulo, que reuniu cerca de 8 mil pessoas carregando bandeiras e fotos do jornalista assassinado. 

Vladimir Herzog foi torturado e morto nas dependências do Doi-Codi, (Órgão de repressão da ditadura militar subordinado ao Exército), onde havia sido preso sem ordem judicial. Diretor de Jornalismo da TV Cultura na época, Herzog havia se apresentado voluntariamente na manhã de 25 de outubro de 1975, ao órgão de repressão.

Premiação

Na edição de 2025, profissionais de todo o país enviaram reportagens, documentários, fotografias e podcasts que denunciam injustiças e dão voz às populações historicamente silenciadas.

Entre os vencedores, estão alguns nomes como:

Diogo Braga: “Racismo Ambiental: A outra emergência” – Defensoria Pública do Estado do Ceará | Fortaleza/CE

Isabel Harari e equipe; Carlos Juliano Barros: “Trabalho infantil na indústria tech” – Repórter Brasil | São Paulo/SP

Angélica Santa Cruz: “Sorriso: Uma Biografia / Como uma mulher risonha e sem palavras virou um fato social total” – Revista Piauí | São Paulo/SP

Fonte: Agência Brasil