Metanol: crise completa um mês com alerta para falsificação de bebidas

Há 1 mês, os primeiros casos de suspeita de intoxicação por presença de metanol em bebidas foram divulgados. A substância é um álcool usado em solventes e outros produtos químicos, sendo extremamente perigoso quando ingerido.

Dos casos divulgados inicialmente pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, após um alerta do Ciatox de Campinas (SP), até a revelação dos postos no ABC paulista que venderam o combustível adulterado, foram vinte dias.

O metanol pode atacar o fígado, cérebro e o nervo óptico, levando a cegueira, coma e em casos extremos a morte. Desde a última atualização, o país teve 58 casos de contaminação e 15 mortes, a maioria no estado de São Paulo. 

“É muito importante aumentar o número de notificações de casos suspeitos. Nós já temos um guia para orientar os profissionais: como tratar e como diagnosticar. Além disso, também temos no Brasil o antídoto recomendado, o etanol farmacêutico”, destaca o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Os principais sintomas devido à intoxicação por metanol:

  • Iniciais (até 6h após ingestão): dor abdominal intensa, sonolência, falta de coordenação, tontura, náuseas, vômitos, dor de cabeça, confusão mental, taquicardia e pressão arterial baixa;
  • Entre 6h e 24h: visão turva, fotofobia, visão embaçada, pupilas dilatadas, perda da visão das cores, convulsões, coma, acidose metabólica grave.
  • Em casos mais graves, o paciente pode evoluir para cegueira irreversível, choque, pancreatite, insuficiência renal, necrose de gânglios da base com tremor, rigidez e lentidão dos movimentos.

Caso haja esses sinais, o paciente deve procurar atendimento médico no serviço de emergência para o diagnóstico e tratamento necessário.

Fonte: Agência Brasil e Ministério da Saúde