Megaoperação mira esquema bilionário do crime organizado no setor de combustíveis

Uma megaoperação conjunta entre as forças de segurança de São Paulo e federal, contra um esquema criminoso no setor de combustíveis, foi deflagrada nesta quinta-feira (28). A força-tarefa é composta por cerca de 1,4 mil agentes do Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco); das Polícias Civil e Militar; da Polícia Federal; do Ministério Público Federal; e da Receita Federal; além da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, que participa diretamente de 50 alvos, com a atuação de 160 auditores fiscais, responsáveis pela apreensão digital de documentos.

Mandados de busca e apreensão contra cerca de 350 investigados são cumpridos nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Só em São Paulo, foram empenhadas equipes dos Batalhões de Choque, da Polícia Militar, e do Departamento de Operações Policiais Estratégicas, da Polícia Civil, tanto na região da capital quanto em São José do Rio Preto, Campinas, Piracicaba, Ribeirão Preto, Bauru e Sorocaba, onde as ordens judiciais são cumpridas.

Denominada Carbono Oculto, o objetivo da operação é desmantelar uma facção criminosa envolvida em crimes contra a ordem econômica, adulteração de combustíveis, crimes ambientais, lavagem de dinheiro, fraude fiscal e estelionato. Segundo as investigações, as irregularidades foram identificadas em diversas etapas do processo de produção e distribuição de combustíveis, atingindo mais de 300 postos. Fraudes qualitativas (combustíveis adulterados fora do padrão da ANP) e quantitativas (volume menor do que o registrado nas bombas) foram constatadas.

As autoridades responsáveis pela investigação descobriram irregularidades em diversas etapas no processo de produção e distribuição em mais de 300 postos de combustíveis. Há ainda indícios de que os investigados simulavam a compra dessas redes para ampliar o esquema criminoso, mas não pagavam os proprietários. Caso eles cobrassem, eram ameaçados de morte.

Fonte: Agência SP
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