Após encontro na Malásia, Lula e Trump estão preparados para bons acordos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no domingo (26), declarou em entrevista para jornalistas durante a 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que há expectativas para um acordo entre os dois países. 

“Ele garantiu que vamos ter acordo e acho que vai ser mais rápido do que muita gente pensa. Estou convencido de que em poucos dias teremos uma solução definitiva entre Estados Unidos e Brasil para que a vida siga boa e alegre como dizia Gonzaguinha na sua música”, declarou Lula.

No encontro, Lula entregou a Trump as reivindicações do Brasil, como a revogação do tarifaço e da punição a autoridades brasileiras, a tensão entre Estados Unidos e Venezuela e a guerra da Ucrânia.

Após a conversa entre os dois presidentes, a Casa Branca publicou em suas redes sociais uma foto do encontro ocorrido em Kuala Lumpur, na Malásia. Trump se mostrou contente por estar com o presidente brasileiro.

“É uma grande honra estar com o presidente do Brasil. Acredito que seremos capazes de fazer bons acordos para os dois países. Nós sempre tivemos boas relações. Acredito que isso vai continuar”, declarou Trump. 

“Ele me disse que está com vontade de ir ao Brasil, eu disse que estou à disposição para ir a Washington, porque se tem uma coisa que aprendi a fazer na vida foi negociação. Vamos à estaca zero e voltar para o seguinte: aonde queremos chegar? Se houver a disposição do presidente Trump, como ele disse que tem de fazer um bom acordo com o Brasil, temos toda a intenção de fazer um bom acordo, não haverá problema para a relação entre as duas maiores democracias do Ocidente”, diz Lula.

Interações anteriores

No dia 6 de outubro, o Palácio do Planalto divulgou uma nota sobre o telefonema recebido do presidente Trump ao presidente brasileiro, após o encontro que os presidentes tiveram na cúpula da ONU. Na ligação, Lula recordou que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços e solicitou ao presidente Trump a retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras.